Trabalhos aprovados 2024

Ficha do Proponente

Proponente

    Osvaldo Bruno Meca Santos da Silva (UFPR)

Minicurrículo

    Doutorando no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Paraná (UFPR), com a pesquisa Móveis CIMO S.A: história, design e cinema (1940-1950). Bolsista CAPES – PROEX. Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em História pela Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo (EFLCH/UNIFESP). Graduado e Licenciado em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP).

Ficha do Trabalho

Título

    Entre poltronas e telas: a Móveis CIMO S.A. e o mercado exibidor

Formato

    Presencial

Resumo

    A partir de uma abordagem da história do cinema acerca de seus espaços (salas de exibição) e a tecnologia empregada (de forma específica, o mobiliário), busco analisar a contribuição da Móveis CIMO S.A., uma das principais fornecedoras de poltronas de cinema do Brasil, entre as décadas de 1940 e 1960, em anúncios publicitários e notícias presentes no Semanário Cinematográfico Cine-Repórter, publicação especializada em cinema e que a Móveis CIMO S.A. manteve uma relação densa de negócios.

Resumo expandido

    A partir de uma abordagem da história do cinema acerca de seus espaços (salas de exibição) e a tecnologia empregada (de forma específica, o mobiliário), busco analisar a contribuição da Móveis CIMO S.A., uma das principais fornecedoras de poltronas de cinema do Brasil, entre as décadas de 1940 e 1960. A Móveis CIMO S.A. foi uma empresa criada em 1912, no município de Rio Negrinho (SC), por filhos de imigrantes alemães. Em 1921 passou a produzir mobiliário para salas de cinema, sendo a primeira encomenda para o Cine Selecto, em Santos (SP), do exibidor Marcolino de Andrade. Os estudos acerca da cultura cinematográfica, ou uma visada ampla da indústria cinematográfica, ampliaram perspectivas e tratamento de fontes nas últimas décadas, ao evidenciar práticas sociais da exibição, como o estudo do mercado exibidor e as redes de negócios, assim como trabalhos acerca das salas, além de outros agentes e protagonistas, como empresas e empresários, fornecedores, concorrentes e a imprensa especializada em cinema. Inclusive, ao levar em conta o papel da imprensa, analisamos parte do acervo do Semanário Cinematográfico Cine-Repórter, jornal impresso que circulou em São Paulo (SP), entre 1934 e 1964, e teve a Móveis CIMO S.A. como uma das principais anunciantes, além de diversas matérias sobre a empresa, tecnologias empregadas e negócios do campo exibidor. Nesse sentido, proponho uma discussão sobre esses entrelaçamentos entre indústria (e, de forma mais detalhada, o design), o mercado exibidor cinematográfico e a imprensa, apresentando alguns personagens pouco conhecidos para a cinematografia, assim como a problematização de uma documentação voltada para o público exibidor e consumidor do cinema.

Bibliografia

    ALLEN, Robert C.; GOMERY, Douglas. Teoría y práctica de la historia del cine. Barcelona: Paidós, 1995.

    ANELLI, Renato Luiz Sobral. A Arquitetura de Cinemas na Cidade de São Paulo. Dissertação (Mestrado em História Social do Trabalho) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1990.

    CHARNEY, Leo; SCHWARTZ, Vanessa (orgs.). O cinema e a invenção da vida moderna. São Paulo: Cosac Naify, 2004.

    GONZAGA, Alice. Palácios e Poeiras: 100 anos de cinemas no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Record/Funarte, 1996.

    SANTI, Maria Angélica. Mobiliário no Brasil: origens da produção e da industrialização. São Paulo: SENAC, 2013.

    SIMIS, Anita. Marcos na exibição de filmes no Brasil. Políticas Culturais em Revista, [S. l.], v. 10, n. 2, p. 59–94, 2017.

    SOUZA, José Inácio de Melo. Salas de cinema e história urbana de São Paulo (1895–1930): o cinema dos engenheiros. São Paulo: SENAC, 2016.