Ficha do Proponente
Proponente
- Rubens Rewald (ECA / USP)
Minicurrículo
- Professor de Dramaturgia Audiovisual. Escreveu e dirigiu os curtas MTANTE… e CÂNTICOS e os longa-metragens CORPO, SUPER NADA, ESPERANDO TELÊ, INTERVENÇÃO – AMOR NÃO QUER DIZER GRANDE COISA, SEGUNDO TEMPO, JAIR RODRIGUES – DEIXA QUE DIGAM, #INTERVENÇÃO e DEMOCRACIA E AMOR. Escreveu os roteiros dos filmes HOJE e TODAS AS MANHÀS DO MUNDO. Publicou os livros CAOS DRAMATURGIA e A DANÇA DO FANTÁSTICO / AUTOR ESPECTADOR.
Ficha do Trabalho
Título
- Dramaturgia em processo, estratégias e dispositivos
Seminário
- Estudos de Roteiro e Escrita Audiovisual
Formato
- Presencial
Resumo
- A comunicação pretende discutir as diferentes estratégias utilizadas por cineastas roteiristas brasileiros contemporâneos na construção dramática de seus filmes.
Resumo expandido
- O conceito de dramaturgia audiovisual está intrinsicamente ligado à ideia da escrita de um roteiro, um texto escrito para ser filmado ou encenado. No entanto, a dramaturgia audiovisual tem domínios e implicações que transcendem o corpo de um roteiro. Ela compreende toda a organização dramática que articula a realização de um filme. Por vezes é transcrita num papel em forma de um roteiro, mas nem sempre. No entanto, mesmo não concretizada de forma material num texto, ela está sempre presente, invisível, organizando o processo. A comunicação em questão irá analisar e discutir as diversas estratégias dramatúrgicas que diferentes cineastas brasileiros contemporâneos empreenderam na construção de seus filmes. Trata-se de uma discussão fundamental para se compreender os amplos domínios da dramaturgia audiovisual hoje. Muitas vezes tais estratégias dramatúrgicas confundem-se com as estratégias de produção e realização. De fato, a forma dramática de um filme entrelaça-se com a sua forma de produção. A maneira encontrada pelo realizador para contar a história de seu filme é também, em grande medida, a maneira encontrada por ele para viabilizar o seu filme. Portanto, a dramaturgia de um filme reflete a forma de realização desse filme. Nesse sentido, alguns filmes serão analisados a partir de uma conversa com seus realizadores, em termos de estratégias e objetivos. MEU NOME É BAGDÁ, de Caru Alves de Souza, FOME, de Cristiano Burlan e MULHER OCEANO, de Djin Sganzerla são os filmes centrais dessa pesquisa.
Bibliografia
- BERNARDET, Jean-Claude. O Processo como Obra. In Folha de São
Paulo. São Paulo: 13 jul 2003. Mais!.
CALVINO, Italo; QUENEAU, Raymond e outros. Oulipo Laboratory.
London: Atlas Press, 1995.
NOLASCO, Daniel. Fronteiras Fictícias: Estratégias Dramáticas para um Cinema Hiper-Híbrido.
Salvador: Dissertação Mestrado UFBA, 2018.
O’TOOLE, John. The Process of Drama. London: Routledge, 1992.