Trabalhos aprovados 2023

Ficha do Proponente

Proponente

Geraldo Blay Roizman (Anhembi Morumbi)

Minicurrículo

GERALDO BLAY ROIZMAN, 1965, é cineasta e artista plástico desde 1989, Arquitetura e Urbanismo pela PUCCAMP 1987, Mestrado em Artes Visuais UNESP/SP 2003. Professor entre 2005 a 2009 no IED/SP. Graduação em Arquitetura pela PUC de Campinas (1987) e mestrado em Artes pela UNESP(2003) .. Atuou como professor universitário em cursos de Procesos criativos em Design gráfico e digital no IED,FMU e FIG. Doutorado em 2019 pela ECA USP e Pós Doutorado pela faculdade Anhembi Morumbi em andamento.

Ficha do Trabalho

Título

Bolívia Online: Um documentário político experimental

Formato

Presencial

Resumo

O documentário Bolívia Online foi feito experimentalmente a partir de uma viagem turística e suas imagens captadas em 2001 sobre a paisagem em variados lugares peruanos e bolivianos, as pessoas, suas vestimentas e costumes ligados que se ligariam ao posterior momento histórico-político importante que estava para acontecer em 2005, particularmente na Bolívia momentos antes da eleição de Evo Morales.

Resumo expandido

O documentário Bolívia Online foi feito a partir de uma viagem turística e suas imagens captadas em 2001 sobre a paisagem em variados lugares peruanos e bolivianos, as pessoas, suas vestimentas e costumes ligados que se ligariam ao posterior momento histórico-político importante que estava para acontecer em 2005. Com o material realizamos o documentário sobre a situação político-social naquele momento, particularmente da Bolívia momentos antes da eleição de Evo Morales. Em São Paulo, conhecemos bolivianos que moravam e trabalhavam no Brasil e que nos forneceram depoimentos e opiniões á respeito daquele país e de seu estado atual. Contatamos um médico ortomolecular Efrain Olszewer, a pesquisadora da USP-Leste Vivian Urquidi e dois Bolivianos residentes em São Paulo na época, Dario Rojas e Rosário Rojas Saldias que formaram os quatro pontos de vista do documentário. O Narrador diz: Sim, fui descoberto ele diz. Mas ouvir o CD de Luzmila Carpio, comprado três dias depois no centro de La Paz, me fez ter a sensação de ser um pouco menos estrangeiro aqui. Ouço agora esta música no aparelho de uma multinacional japonesa. Isto me faz pensar que os antigos fonógrafos deste museu, deveriam reproduzir as músicas do colonizador. Como poderíamos escutar esta música folclórica, comodamente sentados, se não tivéssemos acesso aos bens de consumo, á reprodução sonora de nossas expressões musicais. Difícil estar aqui e não imaginar possíveis transformações no estado das coisas. Em termos como globalização, diversidade cultural ou mesmo não pensar na antiga ideia de uma unidade política na América Latina. Mas isso é apressar-se já em pressupostos que depois serão inevitáveis. O tom da primeira fala do documentário mostra a relação pessoal com o objeto a ser explorado na viagem e na reflexão aqui sobre o que foi visto lá, utilizando como mote os objetos do próprio museu registrados pela câmera no início, fonógrafos que remetem já a ideia de bens de consumo visivelmente ausentes naquele país em sua, para nós, sagrada diversidade cultural e que, reconhecidamente, trazem de forma apressada o pensamento relativo ás nossas próprias expectativas cientes e frustradas quanto á sempre adiada união política no continente. Aqui ocorre algo da ordem de uma certa expectativa, justificada pela própria ignorância frente ao objeto desconhecido a ser explorado, e como se estivéssemos lhe tateando o corpo cegamente, como diz o narrador: No momento de captar suas imagens em 2001, desejei somente escutar sua melodia, que parecia vir desde o fundo de la tierra, desde o olvido, simplesmente como um viajante aprendiz daquela experiência profunda de alteridade, ao conhecer um outro povo, uma outra cultura irmã.

Bibliografia

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