Ficha do Proponente
Proponente
- Rafael Sbeghen Hoff (UFAM)
Minicurrículo
- Graduado em Jornalismo, mestre em Letras e Cultura Regional, doutor em Ciências da Comunicação e Informação, docente do curso de Jornalismo da UFAM, professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação, líder do Grupo de Pesquisa em Processos Imagéticos (PRIMA-UFAM), vice-líder do Grupo de Pesquisa em Estéticas e Processos Audiovisuais (ARTIS-UFRGS).
Ficha do Trabalho
Título
- Coletivos e cinema de grupo: a organização do trabalho em rede no RS
Formato
- Presencial
Resumo
- A proposta desta apresentação é discutir sobre as formas de organização em rede das equipes cinematográficas, em especial as de baixo orçamento, usando o exemplo de equipes do Rio Grande do Sul, Brasil. E com isso perceber a criação de ambiências de cinema em várias cidades do Estado.
Resumo expandido
- Partindo de filmes de baixíssimo orçamento realizados no Rio Grande do Sul, desde os anos 2010, pretende-se ver como pequenos coletivos estão organizando suas produções a fim de manterem um mercado audiovisual em cidades do Estado em que quase não havia produção até a bem pouco tempo, e com isso constituindo uma ambiência de cinema. Pretendemos problematizar a ideia do cinema em rede como forma de organização do trabalho, que resgata modelos há bastante tempo esquecidos, como os cooperativados. A discussão integra o projeto de pesquisa “Cinema brasileiro e a economia da dádiva: o baixo orçamento como projeto político-estético”, que teve financiamento do CNPq até 2020, e é realizado pelo ARTIS – Grupo de Pesquisa em Estética e Processos Audiovisuais, junto ao PPGCOM/UFRGS. Como principais observações, apontamos que, para os grupos, a organização em rede é também uma forma de partilhar o interesse por uma temática, ou por uma forma artística de trabalho que lhes é cara, porém isso não significa que desconsiderem a questão do retorno financeiro dos filmes. Nesses modelos de trabalho, outras formas de retorno, simbólicos, são observados e igualmente desejados, como a participação em festivais nacionais e internacionais e as premiações. E isso impulsiona esses coletivos para produções maiores e mais caras.
Bibliografia
- CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. 3 ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
IKEDA, Marcelo (2012). O novíssimo cinema brasileiro. Cinéma d´Amerique Latina, n.20, p. 136-149.
MARTINS, Paulo Henrique (2004). A sociologia de Marcel Mauss: dádiva, simbolismo e associação. Revista crítica de ciências sociais. Coimbra.
OLIVEIRA, Maria Carolina Vasconlos (2015). O lugar dos independentes: práticas e representações de independência a partir da observação do “novíssimo” cinema brasileiro. Anais do 39º Encontro Anual da Anpocs,.
RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível (2005). Estética e política. São Paulo: Editora 34,
ROSSINI, Miriam de Souza et al (2016). Tendências do Cinema Brasileiro Contemporâneo. Modelos de produção e de representação. Sessões do Imaginário, Porto Alegre, Famecos/PUCRS, v.21, n.35, p.2-11.