Ficha do Proponente
Proponente
- Nívea Faria de Souza (FACHA/UNESA)
Minicurrículo
- Nívea Faria de Souza (Nívea Faso), diretora de arte, figurinista e professora. Doutorado em Arte e Cultura Contemporânea pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) com PDSE-CAPES pela Universidade do Algarve (UAlg) em Portugal, mestrado também pela UERJ, graduação em Artes Cênicas – Indumentária e Cenografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Docente do curso de Cinema da Universidade Estácio de Sá e da Faculdade Hélio Alonso.
Ficha do Trabalho
Título
- Direção de arte: repertório, interpretação e comunicação visual.
Mesa
- A direção de arte na narrativa cinematográfica: composição e linguagem
Resumo
- A partir de uma análise crítica e comparada entre duas obras audiovisuais homônimas, Os maias de Eça de Queirós, uma brasileira e outra portuguesa, deseja-se revelar um recorte das possibilidades que um mesmo texto pode apresentar para sua materialização. O objetivo é deslindar as semelhanças e diferenças da interpretação criativa da arte, enfatizando a composição visual defendida em cada uma das obras, confrontando escolhas visuais e repertórios culturais.
Resumo expandido
- Através de uma análise crítica e comparativa, pretende-se confrontar as escolhas visuais percorridas em duas produções audiovisuais homônimas, Os maias de Eça de Queirós, uma brasileira e outra portuguesa. Levando em consideração seus realizadores e equipes, almeja refletir sobre a construção de repertório de cada indivíduo da equipe que faz refletir em estilos e escolhas completamente diferentes para a elaboração de uma mesma obra.
A partir de uma análise crítica e comparada entre duas obras audiovisuais homônimas, deseja-se revelar um recorte das possibilidades que um mesmo texto pode apresentar para uma produção e como a direção de arte labora para conceber e materializar a estética pretendida. A proposta desse trabalho é pensar o repertório de criação do indivíduo a partir da comparação de duas obras cinematográfica. O objetivo é deslindar as semelhanças e diferenças da interpretação criativa da arte, enfatizando a composição visual defendida em cada uma das obras. Pretende-se confrontar as escolhas visuais percorridas em duas produções audiovisuais baseadas no livro Os maias de Eça de Queirós, uma brasileira e outra portuguesa. Levando em consideração seus realizadores e equipes, almeja elucubrar sobre a construção de repertório de cada indivíduo da equipe que faz refletir em estilos e escolhas completamente diferentes para a elaboração de uma mesma obra. Nesse processo há que se considerar os estilos de cada diretor, a proposta de construção visual que cada um trabalha, dentro de seus próprios padrões e principalmente de suas culturas, formação, referências e mercado de destino da obra. Ambos diretores, aqui propostos, Luiz Fernando Carvalho e João Botelho, são realizadores de trabalhos minuciosos, que se atém aos detalhes, vislumbram conceitos e são preocupados com a composição cênica, atento às interpretações dos atores, mas são acima de tudo visuais, preocupados com a visualidade da cena dentro da narrativa. Cada um a seu modo, o trabalho pretende mostrar de que maneira as escolhas dentro do âmbito da direção de arte pode modificar e diferenciar uma obra de outra, ainda que possuam o mesmo enredo literário.
Bibliografia
- ALONSO, A. 2012. Repertório segundo Charles Tilly: História de um conceito, Sociologia & Antropologia, ano 2, v 3, p. 21-41.
BETTON, Gerard. Estética do cinema. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
BOTELHO, João. Dossier de Imprenssa: Os Maias – cena da vida romantica. Ar de Filmes. 2014a.
DONDIS, Donis A. Sintaxe da Linguagem Visual. 3ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2015.
EISENSTEIN, Sergei. O sentido do filme. Tradução de Teresa Ottoni. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1990.
HAMBURGER, Vera. Arte em cena: a direção de arte no cinema brasileiro. São
Paulo: Ed. SENAC e Edições Sesc, 2014.
SALLES, Cecília de Almeida. Processos de criação em grupo: Diálogos. São Paulo, Estação das cores e letras, 2017.