Trabalhos Aprovados 2017

Ficha do Proponente

Proponente

    Daniel Vidal Mattos (FACHA)

Minicurrículo

    Professor da FACHA (pós graduação em roteiro). Doutor em Comunicação e Cultura pela UFRJ. Especialista da ANCINE. Analista de projetos e roteiros para o FSA desde 2010. Escreveu, produziu e dirigiu um curta e um longa-metragem, tendo recebido 17 prêmios nacionais e internacionais.

Ficha do Trabalho

Título

    Tese, tema, narrativa e dramaturgia na avaliação de projetos audiovis.

Mesa

    POLÍTICAS PÚBLICAS DO AUDIOVISUAL – DESAFIOS

Resumo

    Desde a tradição do mass communication research e da crítica da cultura, passando pela disputa entre as teses do livre comercio e da proteção à diversidade cultural, a dicotomia entre dois diferentes métodos de abordagem influenciam a forma de avaliar e selecionar projetos de obras audiovisuais. De que forma essa tensão provoca sinergias e contradições em projetos de obras brasileiras e nos processos seletivos oficiais no Brasil?

Resumo expandido

    O universo da criação, produção e circulação de audiovisuais lida, desde sua origem com um problema polêmico. Caro, complexo e pouco previsível, o setor de produção e fruição de audiovisuais logo se organizou em torno de uma fase inicial crítica: a proposição, avaliação e seleção de projetos de obras audiovisuais. Isso é verdade tanto para a indústria como para as iniciativas de mecenato, em todas as formas. Desde a tradição do mass communication research e da crítica da cultura, passando pela disputa entre as teses do livre comércio e da proteção à diversidade cultural, a forma de avaliar e selecionar projetos de obras audiovisuais tem uma longa história de conflitos dicotômicos entre dois diferentes métodos de abordagem do problema. Esses conflitos são caracterizados pelo viés político-ideológico e por fundamentos e consequências econômicas. De que forma essa tensão provoca sinergias e contradições em projetos de obras brasileiras e nos processos seletivos oficiais no Brasil? Para responder essa pergunta, analisamos os modelos recorrentes de apresentação de projetos, critérios de análise e resultados obtidos, tanto nos processos seletivos de mercado quanto nos editais oficiais de fomento. A conclusão a que chegamos é que, enquanto o mercado apropriou-se da expertise histórica a respeito da narrativa e dramaturgia, o Estado e seus proponentes típicos apropriaram-se do discurso das ciências sociais e políticas, onde tema e tese se sobrepõem à estrutura dramática. A conseqüência é o aprofundamento e retroalimentação daquela dicotomia de origem.

Bibliografia

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