Ficha do Proponente
Proponente
- Guilherme Augusto Bonini (UFSCar)
Minicurrículo
- Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Imagem e Som da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), bolsista CAPES. Diretor, roteirista e montador.
Ficha do Trabalho
Título
- A simbologia da natureza humana em A árvore da vida
Resumo
- Nessa comunicação pretende-se analisar a narrativa de A árvore da vida (2011), de Terrence Malick, sob dois pontos de vista: primeiro, o do protagonista, em sua trajetória de vida, tomando-se por base a metáfora da árvore que, enquanto enterra suas raízes no solo, fortalece sua haste crescente em direção à luz; e, segundo, o da construção fotográfica que busca expressar especialmente os caminhos da Natureza e da Graça propostos pelo filme.
Resumo expandido
- Nessa comunicação pretende-se analisar a narrativa de A árvore da vida (2011), de Terrence Malick, sob dois pontos de vista: primeiro, o do protagonista, em sua trajetória de vida, tomando-se por base a metáfora da árvore que, enquanto enterra suas raízes no solo, fortalece sua haste crescente em direção à luz; e, segundo, o da construção fotográfica que busca especialmente expressar os caminhos da Natureza e da Graça propostos pelo filme.
O filme A Árvore da Vida (2011), de Terrence Malick, busca romper as fronteiras convencionais da narrativa cronológica ao contar a história do personagem Jack de uma forma inovadora. Malick faz uso de uma trama ramificada, representada através de momentos significativos e memoráveis da história familiar do protagonista. A obra não segue a linearidade da vida do personagem, pois é contada de forma rizomática, passando por momentos marcantes que envolvem os quatro personagens (que são a mãe, o pai e os dois irmãos). Assim sendo, pretende-se analisar o filme dentro dessa estrutura de dramaturgia, a ser observada através de dois pontos de vista: o primeiro, no entendimento que a narrativa se subdivide em cinco caminhos que destacam o protagonista Jack: a autorreflexão do personagem; sua memória histórico familiar; seus devaneios; a Natureza como criação do universo e a Graça Divina como representatividade do eterno. Em todos os caminhos existe a exposição dos pensamentos off dos personagens – especialmente o de Jack -, que se encontra questionando sua trajetória de vida. Como segundo ponto de análise será discutido o tratamento dado à fotografia do filme, tomando-se esta como forma imagética de representação expressiva da Natureza e de estados emocionais. Através da análise do trabalho do diretor de fotografia Emmanuel Lubezki, e dos recursos técnico estilísticos por ele empregados, buscarei observar a construção das distinções visuais na subversão narrativa apontada acima (no 1 ponto).
Bibliografia
- AUMONT, Jacques. A análise do filme. Lisboa: Texto e Grafia, 2004.
AUMONT, Jacques. O cinema e a encenação. Lisboa: Texto e Grafia, 2006.
BORDWELL, David. Sobre a história do estilo cinematográfico. Campinas, SP: Unicamp, 2013.
DELEUZE, Gilles. Mil platôs vol. 1. São Paulo: 34, 2000.
GARDIES, René. Compreender o cinema e as imagens. Lisboa: Texto e Grafia, 2008.
HINTERMANN, Carlo. Terrence Malick, rehearsing the unexpected. London: Faber e Faber, 2015.
MALICK, T. A Árvore da vida, dir. Terrence Malick. USA, 139 min., 2011.